02 junho 2016

DESEJO [Parte DOIS]

LOCI Loci!
Saudação á um Orixá, chamado LOGUN Edé,
Filho desse Santo, trabalha em si, sempre os dois pólos. Masculino e Feminino.
A Androgenia é algo mais próximo dos de Oxumaré.
LOGUN é um caminho interessante de entendimento do que é dualidade, visto que horas ele se entrega travestido de moça, horas o príncipe.
Num salto geográfico, chegamos ao Oriente, berço do KAMA Sutra, que numa tradução direta seria, As Regras de Kama.
E KAMA Dev é deus que representa o Desejo, no Hinduísmo.
Contrário ao que se entende no ocidente, a publicação é um tratado sobre o cortejo.
Num determinado capítulo, é abordado o possível encontro, entre dois homens.
Um assume sua natureza masculina, o outro o outro vibra o papel do feminino, no leito.
Somam-se dois eixos de uma unidade, uma engrenagem perfeita.
Dois homens podem se entregar ao sexo, com tanto que se entreguem como energias complementares.
O SHAKTismo é uma tradição que releva a vibração feminina á primeiro posto, como alavanca motora para que tudo, seja. 
Sem o feminino em tudo, não há movimento.
A coisa não engrena na tradução deste pensamento, quando se entende Deusa e Deus, numa compreensão de uma forma estática. É preciso o mergulho, no que há, no dentro.

SHIVA, Deus primeiro e o principio de tudo, juntamente com Brahma e Vishnu, precisa de seu complemento para existir. 
Se tirarmos a letra I, que representa Kali, do corpo de nome SHIVA, ele se torna um cadaver: SHVA. 
SHIVA precisa de Kali para funcionar. Para ser o que é, o que nunca deixou de vibrar.

Quando importamos este conceitos, pra relações sexuais ocidentais, nada é diferente. Mesmo assim a sociedade, costuma desvalorizar o gay efeminado ou lutar para valorização de um homo viril. 
O sexo entre homens, pode ser um compromisso, sem qualquer aprofundamento. 
Apenas um encontro.
Pode ser algo bem mais interessante como adentrar uma mata, nu, se deitar com os animais e se tornar DEUS.
Então podemos entender a relevância de dois papeis, como aquém rótulos: ativo, passivo.
Engrenagem, Vida.   
DESEJO [parte UM]

Meu nome é ONÇA,
Estou bem próximo dos 50. 
Quase cinco décadas somadas, mas vividas em um Mundo, completamente Novo. 
Onde quase nenhum de nós, entende as regras.
Ter quarenta e poucos anos em 2016, sem ostentar a imagem clássica, de um senhor, já é em si, um desafio diário. Porque lidamos apenas com esteriótipos, bem engessados.
Durante esse tempo, eu já fui de todas orientações possíveis: Hétero, Gay e Bi.
Mas foi como gay, que eu me encontrei mais perdido. 
Minhas questões nunca foram externas, como a homofobia, eu sempre fui muito seguro de mim, para me importar com recalques, e toda sorte de ignorância alheia. 
Minha bagunça se deu, porque foi na homossexualidade que me vi, mais bicho do que homem, lançado nas grutas mais intensas da minha alma.
Tudo se tornou emotivo, perigoso, uma vez que sempre me vi á margem dos meus próprios abismos. Ser gay é um confronto. 
Eu não tenho intenção de concluir nada, aqui. Estabelecer novas fronteiras. Nada. 
Sou, como dito,um cientista.
Um filosofo de boteco.
Um homem que se entende viado [a definição que mais me diverte], tem impasses incríveis. 
Começa, se ele sente o desejo de penetrar ou ser penetrado.
Ser penetrado é literalmente se deixar invadir por mais que outro corpo, mas por outro sujeito que vem por completo, por inteiro. 
É romper divisões internas, estar aberto para ser visitado.
Algo pra mim, inconcebível, embora a curiosidade e o desejo, porque sou de uma geração fria, de formação intelectual. 
Chutei as emoções para bem longe, pra dentro, bem cedo, ainda criança. Eu me escondi num mundo meu.
Muitos homens, do gueto, se entendem passivos ou ativos ou os dois, como fosse tudo minimizado em questões de papeis geográficos e biológicos.
Quem entra com o pau e quem entra com o resto.
O único gozo gerado neste sexo tão sistêmico é o genital. Não mais que isso.
E enquanto hindus tântricos, como metade de mim, evocam o sexo como meio e não fim, para uma transmutação do todo, no ocidente o buraco é bem mais embaixo.

23 abril 2015

4 X H

Vamos abrir os trabalhos!
Om GAN Ganapataye Namaha
Laroiê

Uma escolha que cabe a qualquer ser e independe do gênero, são os 4 arquétipos atribuídos ao homem, dentro do cenário contemporâneo, xamânico. 

O Visionário 
O Guerreiro 
O Curador 
E o Mestre 

Somos o pássaro | Nossa mente, o voo traçado. 
Pelo destino | Por nossas mãos. 

O universo ao nosso redor, não apenas nos orbita. Nos compõem.
Passamos a nos tornar uma rede, onde tudo está interligado.
Sua visão me cura. 
Quem me fere, me abre um caminho. 
Todos lutamos por todas as relações.

E nessa dança, vamos evocando o Sagrado e sendo escolhidos pelas mais diversas Medicinas, para nos tornar um desses 4 eixos e fluir como Deuses.

22 abril 2015

QUEDA:

Tudo sempre foi levado nas coxas, quando a questão é o Sagrado Masculino
Nós e nosso poder erguido acima dos cascos, coroados por chifres, penetrando a terra com nossos Falos.
Tanto fogo que nos incineramos. A fonte de lava vulcânica secou.
A intensidade se aquietou, anda estática pelos cantos, encantada.
E nós, Homens, nos escondemos. Sumimos uns das vistas dos outros. 
O mundo anda deserto e eu só querendo entender. 
Se sexo permite a emoção, se há comprometimento, algo que venha antes da união, que seja mais sólido que a escolha e o pensamento. Que tudo não se esvaia com o vento.
Devem haver homens em reconstrução, porque EU existo.

A ANATOMIA do Falo é a fogueira e eu sou o sinal de fumaça.


SHIVOHAM

21 abril 2015


Projeto ANATOMIADOFALO

Um HOMEM cabe em muitas leituras, quando a expressão de seu erotismo, sexualidade e afetividade.
Presos ao gênero mais que batido, simplificado e mal dito, somos bem mais que nossos paus armados.
Mapeando Deuses eu avisto o caminho, traçado pelos arquétipos, na Gira dos acontecimentos, conjurando novas tribos, novos meninos, um novo Sagrado.
ANATOMIA do Falo é bem mais que iconografia desse novo tempo, é geografia dos pontos nevrálgicos que no religa ao afeto, ao sentimento.
É laboratório de experimentos, onde são bem-vindos todos os cientistas, Sadus e marginalizados.
E assim somamos o exército de Gana. 

OM Namah Shivaya
Om Gan Ganapataye Namaha

Junte-se a mim para resolver esta questão,
Seja mais que bem-vindo